A pequena morta
O amor nao me cabe, nao me serve.
Se perde em minhas curvas tortas e tontas,
remendadas pelo avesso.
Aqui, so, eu me encontro,
despida e nua.
Sozinha de tudo e de todos,
perdida no vies da tua saia,
manchada e suja.
Sem voce, sem ninguem,
Aqui me encontro,
Despida e nua.
Custurada,
Como uma colcha de retalhos velhos,...
Util, confortavel, quente e esquecida,
no fundo da gaveta escura.
Aqui me encontro,
Despida rasgada e nua,
Dobrada, embolorada, esquecida e triste.
Sem ninguem , sem voce,
Perdida, bordando teu nome,
na parede umedecida e fria.
Poema e Foto de Sandra Saldanha
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