Wednesday 15 September 2010

A Pequena Morta



A pequena morta

O amor nao me cabe, nao me serve.
Se perde em minhas curvas tortas e tontas, 
remendadas pelo avesso.

Aqui, so, eu me encontro,
despida e nua.
Sozinha de tudo e de todos,
perdida no vies da tua saia,
 manchada e suja.

Sem voce, sem ninguem,
Aqui me encontro,
Despida e nua.
Custurada,
Como uma colcha de retalhos velhos,...
Util, confortavel, quente e esquecida,
 no fundo da gaveta escura.

Aqui me encontro,
Despida rasgada e nua,
Dobrada, embolorada, esquecida e triste.
Sem ninguem , sem voce,
Perdida, bordando teu nome,
 na parede umedecida e fria.


Poema e Foto de Sandra Saldanha

No comments:

Post a Comment